Os peixes ósseos (ostheichthyes) constituem o grupo mais vasto e diversificado de peixes
atuais e, mesmo entre exemplares da mesma espécie, existem diferenças anatômicas. O
propósito deste trabalho foi reconhecer, em peças anatômicas, as estruturas externas e internas
de peixes ósseos pertencentes à classe ostheichthyes, tendo por base exemplares das espécies
Hoplias malabaricus (traíra) e Myleus torquatus (pacu). A aula prática foi realizada no
Laboratório de Anatomia Animal do UNIVAG. Para a dissecação foram utilizadas tesouras e
pinças cirúrgicas, bisturi e facas. A secção iniciou pela abertura uro-genital e se estendeu em
direção ao crânio, subiu margeando o opérculo, retornou pouco acima da linha lateral,
estendeu-se até a base da cauda e retornou ao ponto inicial. Dessa forma foi removida toda a
musculatura da parede lateral do peixe, possibilitando a visualização das vísceras das
cavidades pericárdica e celomática. A traíra é um peixe piscívoro, voraz, que apresenta o
corpo roliço, cilindriforme, com coloração escura e clara que permite uma camuflagem tanto
para a defesa quanto para o ataque às presas. A boca é ampla, com grande número de dentes
carniceiros. O pacu apresenta o corpo alto e espesso. Trata-se de um peixe herbívoro, o que
justifica a presença de dentes molariformes. Constatou-se estruturas comuns a ambas as
espécies, como presença de brânquias, arcos brânquias ósseos dentro de uma câmara comum
em cada lado da faringe cobertos pelo opérculo. A nadadeira peitoral proporciona equilíbrio,
freio e direção ao peixe; a dorsal e a anal estabilidade; a pélvica direção e freio e a caudal
propulsão e velocidade. A bexiga natatória foi visualizada e trata-se de uma bolsa com gás
que se enche ou esvazia para manter a flutuação na profundidade desejada. A linha lateral do
corpo do peixe auxilia na percepção de qualquer alteração no fluxo da água, orientando-o a
desviar dos obstáculos e a detectar outros animais. Apresentam o tubo digestivo completo,
com presença de boca, faringe, um curto esôfago, estômago, intestino e ânus
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
PEIXES CASCUDOS
Também conhecidos como acari, cari, boi-de-guará e uacari. Os loricariídeos são peixes exclusivamente de água doce, que habitam os rios e lagos da América Central e do Sul.
Os cascudos caracterizam-se pelo corpo delgado, revestido de placas ósseas, e pela cabeça grande. A boca localiza-se na face ventral e em algumas espécies é rodeada por barbas. Estes peixes vivem nos fundos dos rios, até cerca de 30 metros de profundidade, e alimentam-se de lodo, vegetais e restos orgânicos em geral.
Algumas espécies de pequena dimensão conhecidas como limpa-fundos, são muito populares em aquário filia pelo gosto com que limpam o fundo dos aquários de algas e detritos indesejáveis.
Bexiga natatória
A bexiga natatória é um órgão que auxilia o peixe a manter-se a determinada profundidade através do controle da sua densidade relativamente à da água. É um saco de paredes flexíveis, derivado do intestino que pode expandir-se ou contrair de acordo com apressão; tem muito poucos vasos sanguíneos, mas as paredes estão forradas com cristais de guanina, que a fazem impermeáveis aos gases.
A bexiga natatória possui uma glândula que permite a introdução de gases, principalmente oxigénio, na bexiga, para aumentar o seu volume. Noutra região da bexiga, esta encontra-se em contacto com o sangue através doutra estrutura conhecida por "janela oval", através da qual o oxigénio pode voltar para a corrente sanguínea, baixando assim a pressão dentro da bexiga natatória e diminuindo o seu tamanho
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
Os 10 peixes mais esquisitos do mundo
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Peixe Serpente Sid Gigante: ele pode até comer uma pessoa se tiver a chance, além de rastejar em terra.
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Peixe Lapa: É um peixe muito caro no mercado mundial. (Não sei porquê que esse ALIEN tem tanto valor...)

Piranha Vermelha: alimentam-se em grupos de 20 a 30, e podem atacar presas em um frenesi estimuladas pelo sangue na água.
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Peixe Corcunda: este é do sexo feminino, aproximadamente o tamanho de uma bola de tênis. O macho é menor, aproximadamente do tamanho de um feijão, e acasala com a fêmea trancando-a com seus dentes afiados, bebendo seu sangue e o esperma é fornecido.

Peixe Tigre Golias: Ele pode pesar mais de 100 quilos e as mandíbulas estão armadas com 32 dentes afiados que podem até endireitar ganchos.

Peixe ogro: suas presas são tão longas que deslizam, especialmente no céu da boca quando a mandíbula está fechada.
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Truta arco-íris: ela tem duas bocas. (Viu? Viu? Você, amiguinho, que não sabe pescar, acabou de ganhar DUAS CHANCES! Ebaaaa!)
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Peixe lagarto: vive em grandes recifes de corais. (Confésse, vá: Este até que é bem simpático! Até sorri para as fotos!)
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Peixe Gota: o corpo é como geléia, para suportar o mar profundo.
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Peixe Salamandra: ele permanece em sua forma larval durante toda a sua vida e nunca se torna adulto.
Apistogramma Sp. “Abacaxis”
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Os machos apresentam cores muito definidas e a medida que vão envelhecendo suas cores ficam ainda mais vibrantes. Esta espécie é relativamente nova no aquarismo, pois foi descoberta em 1999 e a partir de 2000 começou a ser exportada para a Europa e América no Norte, sendo ainda raro encontrar nas lojas brasileiras.
Alguns criadores estão reproduzindo a espécie porém por ainda não haver um grande conhecimento dos hábitos de acasalamento os peixes custam muito caro, tanto os reproduzidos em cativeiro como os selvagens.
Os machos são facilmente identificáveis por suas cores que variam do vermelho ao castanho ou negro, geralmente com formas escuras nos lábios que da um belo contraste.
Prefere PH acido em torno de 6,5, temperatura de 26ºc e um aquário com bastante espaço e vegetação, tocas e alguns pedaços de cerâmica para no caso do peixe se adaptar e vir a acasalar.
Como várias espécies de Apistogramas, o Abacaxis é territorial e se seu aquário tiver peixes lentos, com certeza terão problemas, vale a pena criar esta linda espécie brasileira.
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Peixe? Folha?
O Peixe Folha (Monocirrhus Polyacanthus) realmente se parece com folhas marrons e escuras, este peixe imita com perfeição as cores do ambiente para poder se esconder e agarrar sua presa viva.
O peixe folha é predador e não se alimenta facilmente
com rações, podendo até fingir que está morto. Originário da Bacia Amazônica, muito sensível a compostos nitrogenados e a qualidade da água.
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Durante o dia o peixe folha gosta de ficar parado e não se alimenta muito, mas durante a noite antes de desligarmos a luz do aquário, devemos oferecer alimentos vivos, como artemias, larvas de mosquito e dafnias e até pequenos peixes, pois é neste momento que ele se alimenta.
Devemos no entanto ter certeza que o peixe esta se alimentando para não poluir a água caso os alimentos não forem consumidos. Devemos cria-los em aquários grandes, bem plantados com folhas largas e com um volume de água de 250 litros para 5 espécies no máximo.
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Este peixe chega facilmente a medir 10cm em aquários com uma boa alimentação, o peixe folha é recomendável para aquaristas já mais experientes, pela dificuldade de cria-los em cativeiros.
Temperatura | Reprodução | Origem | Ph | Dh | Iluminação | Alimentação |
25 a 27 G | Ovipara | Amazonas | 6.6 | 5 | Média 10 hs Dia | Centro |
Evolução dos peixes
Os primeiros peixes surgiram há cerca de 500 milhões de anos e eram semelhantes às lampreias atuais. Posteriormente, há aproximadamente 400 milhões de anos surgiram os peixes com esqueleto cartilagíneo. Actualmente são representados pelos tubarões, raias e esturjões. Os dois primeiros grupos são marinhos, enquanto que os esturjões são migradores anádromos (vivem no mar e reproduzem-se nos rios). Mais recentemente, há mais ou menos 250 milhões de anos, surgiram os primeiros peixes com esqueleto ósseo.
A maior parte das cerca de 22 000 espécies de peixes, que se estima que existam atualmente no mundo, pertencem ao grupo dos peixes ósseos. Relativamente aos peixes de água doce, a Península Ibérica apresenta um elevado número de endemismos, ou seja, espécies que só existem nesta região geográfica. Este facto pode ser explicado pelo isolamento geográfico em que estas espécies evoluíram. Há cerca de 35 milhões de anos ocorreu o levantamento dos Pirinéus que levou ao isolamento das populações ibéricas das européias. Por seu turno, o Estreito de Gibraltar formou-se há cerca de 3 a 4 milhões de anos, ficando estas populações isoladas das do Norte de África. Conseqüêntemente, originaram-se na Península Ibérica espécies diferentes das européias e das que existem no Norte de África. Assim, só em Portugal existem atualmente cerca de 32 espécies autóctones, das quais 15 são endemismos ibéricos e 5 são endemismos portugueses. Este número pode ainda aumentar já que estão a ser realizados estudos de genética molecular que poderão permitir a descoberta de outras espécies endêmicas de algumas bacias portuguesas/ibéricas. Apesar de serem únicas no mundo e da sua importância para o bom funcionamento dos ecossistemas aquáticos a maior parte destas espécies encontra-se em risco de extinção.
O que são lampréias?
As lampreias ou lampréias são peixes de água doce ou anádromas com forma de enguias, mas sem maxilas. Aboca está transformada numa ventosa circular com o próprio dianmetro do corpo, reforçada por um anel de cartilaginagem e armada com uma língua-raspadora igualmente cartilaginosa. Várias espécies de lampreia são consumidas como alimento.
As lampreias são classificadas no clade Hyperoartia, dentro do filo chordata , por oposição aos gnathostomata, que incluem os animais com maxilas. Todas as espécies conhecidas são agrupadas na classe Petromyzontida ou Cephalaspidomorphi, na ordem Petromyzontiformes e na família Petromyzontidae. Ver também fishbase.
Algumas espécies de lampreias têm um número de cromossomas que é recorde entre os cordados, chegando a 174. A larva ammocoetes tem um tamanho máximo de 10 cm, enquanto que os adultos podem ultrapassar 120 cm.
As lampreias são classificadas no clade Hyperoartia, dentro do filo chordata , por oposição aos gnathostomata, que incluem os animais com maxilas. Todas as espécies conhecidas são agrupadas na classe Petromyzontida ou Cephalaspidomorphi, na ordem Petromyzontiformes e na família Petromyzontidae. Ver também fishbase.
Algumas espécies de lampreias têm um número de cromossomas que é recorde entre os cordados, chegando a 174. A larva ammocoetes tem um tamanho máximo de 10 cm, enquanto que os adultos podem ultrapassar 120 cm.
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
Anatomia Externa
Para além de mostrar diferentes adaptações evolutivas dos peixes ao meio aquático, as características externas destes animais (e algumas internas, tais como o número de vértebras) são muito importantes para a sua classificação sistemática.
Nadadeiras
As barbatanas ou nadadeiras são os órgãos de locomoçãodos peixes. São extensões da derme (a camada profunda dapele) suportadas por lepidotríquias, que são escamasmodificadas e funcionam como os raios das rodas de bicicleta. Por essa razão, chamam-se raios os que são flexíveis, muitas vezes segmentados e ramificados, ou espinhos, quando são rígidos e podem ser ocos e possuir um canal para a emissão de veneno.
Os números de espinhos e raios nas nadadeiras dos peixes são importantes caracteres para a sua classificação, havendo mesmo chaves dicotómicas para a sua identificação em que este é um dos principais factores.
Tipicamente, os peixes apresentam os seguintes tipos de nadadeiras:
- uma nadadeira dorsal
- uma nadadeira anal
- uma nadadeira caudal
- um par de nadadeiras ventrais (ou nadadeiras pélvicas) e
- um par de nadadeiras peitorais.
Apenas as nadadeiras pares têm relação evolutiva com os membros dos restantes vertebrados.
Algumas ou todas estas nadadeiras podem faltar ou estar unidas - já foi referida a transformação das nadadeiras peitorais dos góbios num disco adesivo – mas as uniões mais comuns são entre as nadadeiras ímpares, como a dorsal com a caudal e anal com caudal (caso de algumas espécies delinguados).
As nadadeiras têm formas e cores típicas em alguns grupos de peixes.
Para além da coloração do corpo, a forma e cor das nadadeiras são decisivas para os aquaristas, de tal forma que chegam a ser produzidas variedades de espécies com nadadeiras espectaculares, como o famoso cauda-de-véu, uma variedade do peixinho-dourado (Carassius auratus).
Camuflagem e outras formas de proteção
MIGRAÇÕES
Muitas espécies de peixes (principalmente os pelágicos) realizam migrações regularmente, desdemigrações diárias (normalmente verticais, entre a superfície e águas mais profundas), até anuais, percorrendo distâncias que podem variar de apenas alguns metros até várias centenas de quilómetros e mesmo plurianuais, como as migrações das enguias.
Na maior parte das vezes, estas migrações estão relacionadas ou com a reprodução ou com aalimentação (procura de locais com mais alimento). Algumas espécies de atunsmigram anualmente entre o norte e o sul do oceano, seguindo massas de águacom a temperatura ideal para eles.
Os peixes migratórios classificam-se da seguinte forma:
- diádromos – peixes que migram entre os rios e o mar:
- anádromos – peixes que vivem geralmente no mar, mas se reproduzem em água doce;
- catádromos – peixes que vivem nos rios, mas se reproduzem no mar;
- anfídromos – peixes que mudam o seu habitat de água doce para salgada durante a vida, mas não para se reproduzirem (normalmente por relações fisiológicas, ligadas à sua ontogenia);
- potamódromos – peixes que realizam as suas migrações sempre em água doce, dentro dum rio ou dum rio para um lago; e
- oceanódromos – peixes que realizam as suas migrações sempre em águas marinhas.
Os peixes anádromos mais estudados são os salmões (ordem Salmoniformes), que desovam nas partes altas dos rios, se desenvolvem no curso do rio e, a certa altura migram para o oceano onde se desenvolvem e depois voltam ao mesmo rio onde nasceram para se reproduzirem. Muitas espécies de salmões têm um grande valor económico e cultural, de forma que muitos rios onde estes peixes se desenvolvem têm barragens com passagens para peixes (chamadas em inglês "fish ladders" ou "escadas para peixes"), que lhes permitem passar para montante da barragem.
Curiosidades
Os peixes têm uma grande importância para a humanidade e desde tempos imemoriais foram pescados para a sua alimentação. Muitas espécies de peixes são criadas em condições artificiais (ver aquacultura), não só para alimentação humana, mas também para outros fins, como os aquários.
Há algumas espécies perigosas para o Homem, como os peixes-escorpião que têm espinhos venenosos e algumas espécies de tubarão, que podem atacar pessoas nas praias. Muitas espécies de peixes encontram-se ameaçadas de extinção, quer por pesca excessiva, quer por deterioração dos seus habitats.
Alguns peixes ingerem água para recuperar a água perdida pelas brânquias, por osmose, e pela urina. Eles retiram oxigênio da água para respirar. Uma enguia, por exemplo, toma o equivalente a uma colher de sopa de água por dia. Os peixes também retiram uma certa quantidade de água dos alimentos. Por viverem em meio líquido, não precisam beber água para hidratar a pele, como fazem os animais terrestres.
Os peixes urinam, mas nem todos urinam da mesma maneira. Os peixes de água doce precisam eliminar o excesso de água que se acumula em seus corpos. Seus rins produzem muita urina para evitar que os tecidos fiquem saturados. Comparados aos peixes de água doce, os peixes de água salgada, que já perdem água por osmose, produzem muito menos urina.
O ramo da zoologia que estuda os peixes do ponto de vista da sua posição sistemática é a ictiologia. No entanto, os peixes são igualmente estudados no âmbito da ecologia, da biologia pesqueira, dafisiologia e doutros ramos da biologia.
Classificação
No uso comum, o termo peixe tem sido frequentemente utilizado para descrever um vertebrado aquático com brânquias, membros, se presentes, na forma de nadadeiras, e normalmente com escamas de origem dérmica no tegumento. Sendo este conceito do termo "peixe" utilizado por conveniência, e não por unidade taxonômica, porque os peixes não compõem um grupo monofilético, já que eles não possuem um ancestral comum exclusivo. Para que se tornasse um grupo monofilético, os peixes deveriam agrupar os Tetrápodes.
Os peixes são na maior parte das vezes, divididos nos seguintes grupos:
- peixes ósseos (com mais de 22.000 espécies) à qual pertencem as sardinhas, asgaroupas, o bacalhau, o atum e, em geral, todos os peixes com o esqueleto ósseo;
- peixes cartilaginosos (mais de 800 espécies) à qual pertencem os tubarões e asraias;
- vários grupos de peixes sem maxilas (antigamente classificados como Agnatha ou Cyclostomata, com cerca de 80 espécies), incluindo as lampréias e as mixinas.
Em vista desta diversidade, os zoólogos não mais aceitam a antiga classe Pisces em que Lineu os agrupou, como se pode ver na classificação dos Vertebrados. Abaixo apresentam-se detalhes da classificação atualmente aceita.
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